
Lucas Nascimento impressionou, mas não pelo seu desfile sem graça. E sim pelo seu expertise.
E ele atendeu bem ao primeiro ponto para ser um artista de verdade por Mário de Andrade: ser um bom artesão.
Na verdade, assistir a um desfile e não saber chongas do que está acontecendo é null. Então, pesquise antes de sentar-se quem é aquele estranho que apresentará 15 looks em nem 10 minutos e você ali sentada na seção C na fila C descobre que está no assento errado. Who cares? O crachá é a intenção e a caruda. Ninguém pedirá que se levante. Então, aproveite a sensação.
Chegando em casa, liguei o GNT, e descobri. Foi como um clique mágico, ver seu desfile foi como ver a exposição de Soulages no Pompidou sem ler o conceito, é vazio. Sim, aqueles tecidos não eram apenas tecidos com leves transparências, eram sim, tricô. A arte de minha avô. Da sua avô. E ele domina. E mais do que isso, ele modifica, descontroi para reorganizar de acordo com suas próprias regras e vontadinhas.
E nesse momento, percebi que posso confirmar meu comentário quando me perguntaram se havia gostado do desfile de Lucas. Eu apenas disse que ainda estava digerindo.
É a vida, normalmente, não sabemos de nada. Só que um pouco de conhecimento engradece a experiência. E gera, também, oportunidades.
E esse foi meu último dia de Fashion Rio. E o primeiro dia de uma saga.
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