Estou pronta para detonar. E ainda não descobri o que poderia ser « the reasons why ». É necessario saber pelo quê lutar. Seguir no escuro é frustante. E de repente, um amigo. Uma pessoa inesperada dá-me palavras normais em uma frase fácil. « I believe in you », foi o que ele disse. E eu percebi no começo daquela conversa e após assistir “Nobel Son” que eu preciso de adrenalina. Sim, adrenalina. É o tipo de emoção quando não sabemos o que acontecerá. É estar sozinha à noite em uma estação de trem em um país distante, é subir em palco com platéia cheia.
Amo o desconhecido e ignoro, por vezes, o habitual. Sim, é confortável e tranquilizante chegar em casa, preciso de um porto seguro. Mas prefiro ser marinheira, andar de lugar em lugar buscando novos amores e desilusões. Pois nem só de felicidades enchemos nossa alma. As dores fazem parte concreta de quem somos, para ter um olhar profundo é necessário sofrer um pouco.
Olho para os meus três homens, Alexis, Benoit e Bruno. Quem são eles e o que me fez ficar envolvida? E encontro um ponto em comum aos três. Cada um apresentou-me uma possibilidade de conforto emocional. E na verdade, não é o que procuro; mesmo sendo estes sentimentos aparentados por mim. Busco a aventura, e saber se realmente consegui convencer alguém com minhas caras e bocas.
Seria injusto, é claro, dizer que o envolvimento foi quase nulo. Não, de forma alguma. Entretanto, no final percebo que o sexo é o causador de toda a ilusão. Quando o sexo é bom, os corpos se enlaçam de forma perfeita, ambos sabem onde colocar as mãos e onde não morder, fica difícil dizer não. A mente dá lugar ao corpo, as mãos ficam com sede, todo o corpo movimenta-se de forma inescrupulosa e insana. E eu normalmente confudo este tesão ou sexo bensucedido com amor.
Entregar-se não é querer alguém e sim, abdicar de outras tantas coisas. E então, sempre me perguntarei: o sexo é bom o suficiente para eu deixar-me para trás? Este “amor” durará até a pessoa ver que sou tão livre quanto Picasso?
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